
Por Americo Teixeira Junior – Principal nome da F3 Brasil e rumando para o bicampeonato da categoria nacional criada em 2014, os caminhos de Pedro Piquet o levam a considerar o FIA European F3 Championship como principal opção para o prosseguimento de sua carreira em 2016. Entendimentos nesse sentido estão sendo conduzidos pelo pai do piloto, o tricampeão Nelson Piquet, com assessoramento direto do engenheiro Felipe Vargas, que atuou de forma semelhante, nas categorias de acesso, junto ao atual campeão da FE e ex-piloto da equipe Renault de F1, Nelson Angelo Piquet.
Embora a quadro atual da F3 seja outro no âmbito mundial, a presença de um Piquet no europeu da categoria será uma espécie de reedição de um distante 1977. Naquela época, o British F3 era muito forte, mas Nelson Piquet optou pelo European em sua primeira temporada no automobilismno internacional. Com um Ralt RT1 amarelo, o então campeão brasileiro de Super Vê tinha seu próprio carro e o transportava pela Europa toda num caminhão velho – claro que o filho não passará por esse aperto, obviamente.
A ideia de Nelson Piquet, então com seus 24/25 anos e prestes a ser pai pela primeira vez (Geraldo nasceu em novembro de 1977), era conhecer o maior número possível de pistas – e conseguiu. Passou por Paul Ricard, Nurburgring, Zandvoort, Zolder, Zeltweg, Mônaco, Enna, Monza, Imola, Donington e Vallelunga, além de vencer em Jarama (Espanha) e Kassel (Alemanha). Foi 3º no Europeu e seguiu, já com uma bagagem respeitável, para vencer o Britânico em 1978, ano de sua estréia na Fórmula 1 e … mas isso é outra história.

Macau na rota
É de se supor, por sua trajetória, que a histórica prova de Macau também esteja no foco do brasileiro de 17 anos. A 62ª edição acontecerá entre os dia 19 e 22 de novembro. Mas para tentar colocar seu nome na seleta lista de brasileiros vencedores em Macau – Roberto Moreno (1982), Ayrton Senna (1983), Maurício Gugelmin (1985) e Lucas Di Grassi (2005) -, algumas coisas precisam acontecer primeiro.
Pedro Piquet, no que foi possível ser apurado pelo Diário Motorsport, não participará por participar. Terá de fazer parte de um pacote que seja útil para o piloto. Se até lá já tiver fechado com o time para 2016 e se este estiver inscrito para Macau 2015, a chance passa a ser grande.
