(Por Américo Teixeira Jr., de Miami – USA) — “Tivemos um excelente dia“. Foi dessa forma que o advogado Howard Srebnick se pronunciou nesta quinta-feira, 2 de abril, após mais uma sessão do julgamento no qual são réus Hélio Castroneves (foto), sua irmã Katiúcia e o advogado Alan Miller. Srebnick, que representa os irmãos Castroneves ao lado de Roy Black, estava se referindo à participação das testemunhas brasileiras arroladas pela defesa.
O primeiro depoimento do grupo foi prestado por Eduardo Homem de Mello. Comentarista de Fórmula Truck e Nascar pela TV Bandeirantes, Mello é manager de seu filho, o piloto da Copa Vicar Cássio Homem de Mello, situação que se assemelha à de Hélio pai e de seu filho Helinho. Mello foi piloto por 30 anos – além de criador e organizador de categorias – e chegou a correr de Fórmula Chevrolet na equipe Castroneves. Além disso, por intermédio da concessionária de carros Chevrolet, a Metrocar, patrocinou o bicampeão da Indy 500 quanto do início de sua carreira nos Estados Unidos, mais precisamente na então Fórmula Cart.
Renata Pepe, especialista em marketing esportivo e atualmente residindo em Nova York, e sua mãe, Heloisa Azevedo, foram ouvidas nessa ordem. Ambas tiveram um papel importante na vida de Katiúcia, pois a acolheram em sua casa numa fase em que todo o seu esforço estava voltado a conseguir verba para que a carreira de irmão caçula não fosse interrompida. Afinal, foram anos de sacrifícios da família e dela própria, que abandonou a carreira de bailarina internacional para apoiar o irmão.
Heloisa foi secretária de Emerson Fittipaldi e conheceu os Castroneves na fase em que o bicampeão mundial de Fórmula 1 trabalhava com Helinho, no final dos anos 90. Não somente a hospedagem, mas principalmente o alto astral de mãe e filha, foram de grande valia para a, agora, jovem mamãe de um anjinho chamado Eduardo Castroneves Assola e esposa de Eduardo Assola.
Os depoimentos da Família Salles foram igualmente significativos. Atualmente perito em segurança e saúde no trabalho, José Salles é amigo há mais de 30 anos da família formada por Hélio e D. Sandra Alves de Castro Neves. Ele foi sócio do patriarca em um negócio de alimentos em Ribeirão Preto e as crianças de ambas as famílias cresceram juntas. Tanto que Marina Stucchi Salles, hoje advogada de prestígio e residindo em Porto Alegre, abriu as portas de seu apartamento em São Paulo quando o pai de Helinho precisou vender o imóvel que possuía na mesma cidade para investir na carreira do filho, ainda quando corria no Brasil.
Dessa forma, Enquanto Katiúcia, na época também estudante universitária como Marina, era recebida pela amiga de infância em Ribeirão Preto, Helinho tinha as chaves da casa de Eduardo Homem de Mello, então seu novo endereço em São Paulo. Também nesta quinta-feira falaram diante do juri o jornalista Américo Teixeira Jr., o primeiro assessor de imprensa de Helinho, ainda nos tempos do kart, e o advogado e ex-juiz José Maria Costa, que prestou serviços para Hélio pai. Dr. Costa terá o seu depoimento complementado nesta sexta-feira pois. na Corte de Miami, os trabalhos são encerrados impreterivelmente às 13h00 e sua exposição teve início pouco antes desse horário.
Foto Indy Racing League