Piloto da Williams, mas vinculado ao programa de formação da equipe alemã, será o substituto de Lewis Hamilton
Por Américo Teixeira Junior

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George Russell deixará momentaneamente o cockpit do inclassificável Williams FW43 para disputar o Grande Prêmio do Sakhir no próximo domingo, 6, no melhor carro do grid. Estará no Mercedes W11 de Lewis Hamilton, afastado por Covid-19. Para seu lugar, a Williams promoverá a estreia de seu piloto reserva, o londrino Jack Aitken, atualmente na Fórmula 2.
A escalação de Russel é justa por diversos aspectos. Seu nome é sempre citado quando o assunto é a insistência da Mercedes em manter Valtteri Bottas. Pelo menos nas duas últimas renovações de contrato, houve a expectativa de que Russell pudesse ser o escolhido.
É verdade que o vínculo do piloto de 22 anos com Toto Wolff nunca foi quebrado, tanto que sua vaga na Mercedes é justamente indicação da Mercedes. Para além de questões contratuais, Russell tem conhecimento da atual série W, pois chegou a participar de testes com o então carro prateado. Na Williams, nunca teve chances de sequer marcar pontos.
Há, porém, uma questão mais ampla. Não se trata de um reconhecimento. Está mais para prêmio de consolação. Certamente marcará seus primeiros pontos, mas não serão o bastante para compensar a falta de mão estendida no sentido de uma evolução plena. Num mundo em que as oportunidades caem no colo de alguns poucos, sobram as migalhas para alguns tantos. Melhor que nada, pois a maioria nem migalhas alcança.
Capa/Destaque: George Russell nos testes de meio de temporada de 2018 com o W09 em Hungaroring – Foto Wolfgang Wilhelm/Mercedes (Budapest, Hungria, 01.08.2018)