Sob a liderança de Ross Brown, simplificação da aerodinâmica foi introduzida para aumentar ultrapassagens
Por Américo Teixeira Junior

A aerodinâmica da Fórmula 1 mudou. Já foi observada tal mudança nas apresentações dos carros e será possível entendê-la melhor nos testes da pré-temporada, que começam hoje no Circuito da Catalunha, em Montmeló, Espanha. Mas só na Austrália haverá a prova final sobre o funcionamento ou não das mudanças.
Homologadas pela FIA, têm como objetivo básico aumentar as ultrapassagens e consistem, simploriamente explicando, em diminuir a turbulência do carro da frente para que o detrás consiga se aproximar o suficiente e lutar de forma efetiva pela posição.
Até então, com todos os elementos aerodinâmicos aplicados principalmente nas asas dianteira e traseira – mas não só -, o carro da frente grudava muito mais no chão e conseguia frear muito mais dentro da curva, deixando para o seu perseguidor uma barreira quase intransponível de “ar revolto”.
Se o resultado prático em pista for correspondente ao revelado pela teoria do regulamento, há de se ter uma temporada com doses maiores de disputas. Caso contrário, será uma dor de cabeça danada para a Liberty Media.

Aerofólio Dianteiro
– 2 metros em lugar de 1.8 metro
– Extremidades laterais em ângulo reto em relação ao solo
– Proibidos sobrepostos aerodinâmicos de quaisquer espécies nas lâminas das asas
– Limitação de subpostos aerodinâmicos
Rodas Dianteiras
– Eliminação de apêndices aerodinâmicos na parte interna da roda, preservada a função original de refrigeração dos freios
– Eliminação do fluxo de ar de dentro para fora da roda, por meio de tubo oco, que agora passa a ser vedado
Assoalho
Eliminação dos apêndices aerodinâmicos do conjunto lateral imediatamente anterior às rodas dianteiras, que perdeu altura e ganhou em comprimento
Aerofólio Traseiro
– 10,5 metros em lugar dos 9,5 metros
– Eliminação de ranhuras nas laterais
– Ampliados os espaços entre as aletas móveis