Tal operação já estava prevista em contrato assinado em 2014
Por Américo Teixeira Junior

Desde novembro do ano passado, a Prefeitura do Município de São Paulo já opera a prorrogação do atual contrato para continuar sediando o Grande Prêmio do Brasil no Autódromo Municipal José Carlos Pace, em Interlagos. Assinado em 2014 pelo então prefeito Fernando Haddad e o promotor Tamas Rohonyi, o compromisso atual tem como evento de conclusão a corrida de 2020. Entretanto, uma cláusula de prorrogação cria condições para ampliar por mais cinco anos.
Além da Prefeitura e da International Publicity, detentora exclusiva da etapa brasileira por designação da FOM à época, o contrato tem a presença da São Paulo Turismo na condição de interveniente-anuente, ou seja, quem atua a partir do acordo entre as duas partes principais e com concordância dos termos. Pela empresa de economia mista, assinaram os então presidente e vice, respectivamente, Wilson Martins Poit e Italo Cardoso Araújo.
Sob a identificação “DO PRAZO DE VIGÊNCIA”, o segundo parágrafo da Cláusula Terceira estabelece que:
Admitir-se-á a prorrogação deste, por 5 (cinco) anos, após manifestação expressa da Prefeitura e da Participe [International Publicity], que deverá se dar em até 90 dias após o 5° (quinto) ano de vigência do presente convênio.
Na prática, a Prefeitura teria até o dia 9 de fevereiro último para, oficialmente, expressar a intenção de prorrogar o contrato. Antecipando-se a essa condição, a manifestação ocorreu por ocasião do Grande Prêmio do Brasil de 2018.

Capa/Destaque: Wilson Fittipaldi Junior e o Copersucar-Fittipaldi FD02, em Interlagos, no Grande Prêmio do Brasil 1975, o terceiro aqui realizado contando pontos para o Mundial (Foto da Agência Estado fornecida por Dana)