Por que é tão necessária para a Fórmula 1 a rivalidade entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg?

Por Americo Teixeira Jr. – É muito mais do que um fato isolado – ao âmbito da Mercedes – o confronto entre os companheiros de equipe Lewis Hamilton e Nico Rosberg. A própria Fórmula 1 precisa que isso aconteça para que o domínio do time alemão não projete ainda mais para baixo a audiência da categoria. Embora não haja qualquer insinuação de que se trate de uma rivalidade fabricada, a verdade é que, a despeito de tantas mudanças técnicas, na essência ficou tudo muito parecido na categoria. Dessa forma, acabam por ganhar os holofotes os acontecimentos de bastidores.

Quem viveu as temporadas de 1988 e 1989 sabe muito bem que sem a rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost, a lembrança principal daqueles campeonatos teria sido tão somente a superioridade da Mclaren. Algo que talvez se assemelhasse à trajetória de Michael Schumacher na Ferrari. Ao invés disso,  aquela disputa “de dois” entrou para a história em razão das personalidades fortes de seus dois protagonistas, que durante muito tempo personificaram a rivalidade esportiva em grau muito elevado.

Como o máximo que se viu na Fórmula 1 até agora foi a troca de protagonistas no comando das vitórias, essa rivalidade que ocupa as manchetes atrairá tanto mais as atenções quanto mais explosiva ela for. O próprio Niki Lauda, um dos diretores da Mercedes, tem se encarregado de manter o assunto em pauta, com declarações aqui e ali. Mas se é inevitável a comparação entre a briga atual e aquela do final dos anos 80, uma coisa é certa e reflete o passar dos tempos: quem não tem Senna/Prost, vai de Hamilton/Rosberg mesmo.

Nico Rosberg liderando o Grande Prêmio de Mônaco, seguido por Lewis Hamilton (Foto Media Mercedes GP)
Nico Rosberg liderando o Grande Prêmio de Mônaco, seguido por Lewis Hamilton (Foto Media Mercedes GP)

3 Comments

  1. Cj Abreu 10 de junho de 2014 at 22:11

    A rivalidade existe, talvez um pouco teatral, mas existe. Pelo histórico de Hamilton, imagino ser ele o mais problemático. Não se compara a rivalidade , que mereceria um belo filme, Senna x Prost. Mas a mercedes aproveitou um “piti”do Hamilton para jogar um holofote em cima. Austria será muito interessante de se ver. E é exatamente esse tipo de sentimento que que a F-1 precisa.

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  2. Marcelo 4 de junho de 2014 at 20:30

    Vejo isso como mais uma manipulação para tentar mudar o foco. Nao é essa “rivalidade” que me fará voltar assistir. F1 pra mim morreu com esse motor de dentista … Vettel estava correto. É uma m… mesmo.

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  3. Affonso Henriques Dáquer 4 de junho de 2014 at 19:26

    Pelo menos não fica monótono pois não terá vencedor anunciado ou diminuindo as chances disto acontecer. Agora este motorzinho hem! Brrrumm V8 ou V10 teem que retornar urgentemente, para próximo ano, até por questão de marketing.

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