Por Americo Teixeira Jr. – Mais do que o resultado em si no Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1, a maturidade foi a grande marca deixada pelo brasiliense Felipe Nasr na abertura do Mundial 2015 da Fórmula 1. O 5º lugar teve um peso importante, visto tê-lo colocado na condição de brasileiro mais bem sucedido numa prova de estreia na categoria e de recolocar a Sauber na zona de pontuação, algo ausente durante todo o campeonato passado. Porém, mais significativo foi o fato de a semana australiana ter mostrado o quanto ele é capaz como esportista e como homem. Num ambiente que exige tanto equilíbrio psicológico, Felipe Nasr mostrou que está preparado para a Fórmula 1.
É díficil tem uma ideia do que realmente se passou. É provável que somente o piloto e seu tio e mentor, Amir Nasr, tenham ciência do quanto foi desumano o desenrolar dos acontecimentos para o garoto de 22 anos em Melbourne. Foi, de fato, um passo gigantesco, uma etapa superada com louvor. Agora, nada de colocar a carroça na frente dos bois. Há de se encarar o futuro próximo de forma realista e não transformar num fardo insuportável a responsabilidade que já é enorme para Felipe Nasr. O torcedor precisa entender que há muito trabalho pela frente.
Fotos Sauber Media
Verdade, concordo plenamente. No Brasil os atletas são muito cobrados, pressionados, principalmente pilotos de F1. Imagine só, um dia após a excelente estreia do Felipe Nasr na F1 – a melhor da história entre brasileiros – já me deparo com a seguinte manchete: “Estreia impressiona, mas Nasr agora precisa manter nível para vingar na F1”. É mentira? Não, afinal, todos sabemos que isso é premissa básica para se manter nesse esporte, mas colocar “o dedo no nariz” do rapaz um dia após sua estreia dessa forma, me parece pressão excessiva e desnecessária.