
Por Américo Teixeira Junior – Naquele 21 de maio de 1950, dia da segunda corrida da história da Fórmula 1 – e exatamente uma semana após a estreia da categoria em Silverstone – a Scuderia Ferrari aparecia pela primeira vez na relação de inscritos. Às mãos de seus pilotos – os italianos Luigi Villoresi e Alberto Acari e do francês Raymond Sommer – estava o modelo 125 com motor 1.5 litro V12. Havia ainda um quarto 125 na pista, este na equipe privada do piloto britânico Peter Whitehead, que nem se classificou para a corrida. O time oficial, porém, pôde festejar o 2º lugar de Ascari e o 4º de Sommer – Villoresi abandonou com um eixo de roda quebrado.
Passados 65 anos, três meses e dois dias desde aquela primeira aparição no então novo campeonato, Kimi Raikkonen e Sebastian Vettel fazem as honras do trio Villoresi/Ascari/Sommer e disputarão o 900º Grande Prêmio oficial de Fórmula 1 da história da equipe fundada por Enzo Ferrari. De Mônaco/1950 para Bélgica/2015, a Scuderia Ferrari foi, por assim dizer, juntando “pedrinhas” que deram origem a um “muro” inquebrantável composto por 15 títulos no Mundial de Pilotos, 16 no Mundial de Construtores, 223 vitórias, 207 poles e 688 pódios. Chico Landi, Rubens Barrichello e Felipe Massa foram os pilotos brasileiros que correram com Ferrari na Fórmula 1, enquanto Roberto Moreno e Luciano Burti ocuparam o posto de piloto de teste.
Por tudo isso e muito mais é que a Ferrari é um time singular. Não é por acaso que é aquipe mais amada da Fórmula 1.
