O automobilismo em São Paulo pode estar prestes a enfrentar um longo período de paralisação. Já acostumada com o fechamento do Autódromo Municipal José Carlos Pace durante três meses, todo ano, em razão dos preparativos para o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, a comunidade paulista do esporte poderá ter de se moldar a uma fase de inatividade ainda maior. A revelação foi feita pelo presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, o pernambucano Cleyton Pinteiro.
Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, Pinteiro detalhou que será necessário algo em torno de meio ano para que sejam concluídas as obras de criação de uma área de escape na Curva do Café, que implicará na remoção de parte da arquibancada de concreto denominada Setor A. Acrescentou ainda o dirigente que haverá uma remodelação na entrada dos boxes, o que tornará o trecho mais longo.
Pinteiro afirmou ter apresentado esses planos para o diretor da FIA, o inglês Charlie Whiting, que esteve em São Paulo na última sexta-feira. “O Charlie gostou do que viu e agora é questão de engenharia. É colocar o projeto no papel, mandar para a FIA, eles aprovam e daí é feita a licitação e são feitas as obras. Leva um tempo e, pelo calendário que temos, só começa depois da Fórmula 1. Deve levar uns seis meses para ficar pronto“, descreveu o presidente da CBA ao jornalista Milton Pazzi Jr. (Clique aqui para ver matéria completa publicada neste domingo, 15, no portal Estadão). Vale acrescentar que Pinteiro esteve recentemente em Paris para tratar do mesmo assunto, Curva do Café.
Caso, de fato, as obras se iniciem imediatamente após a realização da etapa brasileira da Fórmula 1, marcada para 27 de novembro, e levem realmente seis meses, a impossibilidade de acesso das categorias locais ao circuito paulistano poderá ultrapassar nove meses.
O Rodrigo tem razão ao afirmar que obras no autódromo são de alçada da prefeitura, Mas se houvesse alguem com um pingo de noção e seriedade no comando do automobilismo nacional, certamente conseguiria interceder para que as obras de reforma da Curva do Café pudessem ser feitas em um período mais curto.
Perfeito o comentário do Rodrigo, o que a Prefeitura de São Paulo tem a dizer quanto a isso? Ela vai contratar a CBA para fazer a obra? A CBA é empreiteira ou gestora nacional de automobilismo?
Melhor cada um cuidar do que sabe, pois a CBA não é construtora.
Abraços,
Rafael Vieira.
Mas o que o presidente da CBA tem com isso? A obra não tem que ser feita pela prefeitura de São Paulo? Acho que é a prefeitura que vai falar quanto tempo demora a obra.
No tempo em que o automobilismo brasileiro tinha dirigentes de verdade, as obras que mexeram com todo o traçado (construção do “S do Senna”, “Descida do Lago” e “Laranjinha”, novos boxes e torre de cronometragem), o período consumido entre o início das negociações e o complemento das obras foi de SETE MESES. Há quatro anos (em 2007), quando o asfalto foi praticamente todo trocado, a interdição foi de QUATRO MESES. Agora que o que tem de ser feito é derrubar uma parte das arquibancadas, construir um muro e asfaltar um pequeno trecho da pista, falar em seis meses de obras só pode ser piada de mau gosto. Coisa de dirigente sem noção…
Esse é o problema. São Paulo tem apenas um autódromo, ao contrário do Rio Grande do Sul. Inviabilizar a utilização do autódromo por meio ano é quase fazer o que o César Maia fez com o Rio: acabar com o que resta do esporte.
Tão querendo acabar com o automobilismo em São paulo… Não é possível!
6 meses para fazer uma área de escape e readequacao da entrada dos boxes? Se dependesse desses caras, teríamos a Copa do mundo só em 2028. Absurdo.