Jean Todt, presidente da FIA (Foto fornecida por FIA MEDIA)Por Américo Teixeira Junior – O presidente da FIA, o francês Jean Todt, tem sua presença confirmada em São Paulo durante o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, que será realizado de 13 a 15 de novembro no Autódromo Municipal José Carlos Pace. Além de uma agenda protocolar, o dirigente manterá encontros com diversos segmentos do automobilismo.
Fico imaginando se a agenda dele prevê entrevista coletiva. E fico igualmente imaginando se nesta entrevista, aparecerá algum jornalista que tenha a coragem de indagar para Monsieur Todt alguns tópicos envolvendo o período no qual ele comandou o time Ferrari. A principal — e justa — pergunta que deve ser feita é: porque Rubens Barrichello nunca foi cotado para assumir o lugar de Michael Schumacher quando ele anunciasse aposentadoria? Por ocasião das poucas entrevistas que Todt concedeu às revistas italianas Auto Sprint e Rombo, Todt sempre acena estar ‘estudando’ a ascenção de outros pilotos. Em 2001, por exemplo, Nick Heidfeld e Juan Pablo Montoya estavam cotados. Rubens era citado apenas como ‘excelente contribuição para a scuderia’ e ‘estamos satisfeitos com seu trabalho’. Já no final de 2004, Todt destacou que Michael estava mesmo para se aposentar e que Kimi Raikkonen e Fernando Alonso já haviam iniciado conversa com a ‘rossa’. De novo Barrichello foi esquecido. E este fato me deixa intrigado: até 2004, Rubens havia conquistado 9 vitórias, sendo duas delas de garra, perfeitas para um piloto que veste o macacão escarlate (Alemanha, 2000 e Inglaterra, 2003). O brasileiro, em outras palavras, obteve mais conquistas pela Ferrari, se compararmos com pilotos conhecidos, da era anterior à sua contratação — Berger (7 vitórias pela ‘rossa’); Villeneuve (6), Irvine (4), Tambay (2), Arnoux (3), Pironi (2), Alesi (1).
De qualquer forma, não custa sonhar alto e imaginar que algum jornalista terá coragem de tocar no assunto que, a julgar pela ‘ausência’ de pauta, ainda não foi publicado…
Atenciosamente,
Paulo Lava
Jornalista & Pesquisador de Automobilismo
Museu do Automobilismo Brasileiro
Passo Fundo, RS
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Fico imaginando se a agenda dele prevê entrevista coletiva. E fico igualmente imaginando se nesta entrevista, aparecerá algum jornalista que tenha a coragem de indagar para Monsieur Todt alguns tópicos envolvendo o período no qual ele comandou o time Ferrari. A principal — e justa — pergunta que deve ser feita é: porque Rubens Barrichello nunca foi cotado para assumir o lugar de Michael Schumacher quando ele anunciasse aposentadoria? Por ocasião das poucas entrevistas que Todt concedeu às revistas italianas Auto Sprint e Rombo, Todt sempre acena estar ‘estudando’ a ascenção de outros pilotos. Em 2001, por exemplo, Nick Heidfeld e Juan Pablo Montoya estavam cotados. Rubens era citado apenas como ‘excelente contribuição para a scuderia’ e ‘estamos satisfeitos com seu trabalho’. Já no final de 2004, Todt destacou que Michael estava mesmo para se aposentar e que Kimi Raikkonen e Fernando Alonso já haviam iniciado conversa com a ‘rossa’. De novo Barrichello foi esquecido. E este fato me deixa intrigado: até 2004, Rubens havia conquistado 9 vitórias, sendo duas delas de garra, perfeitas para um piloto que veste o macacão escarlate (Alemanha, 2000 e Inglaterra, 2003). O brasileiro, em outras palavras, obteve mais conquistas pela Ferrari, se compararmos com pilotos conhecidos, da era anterior à sua contratação — Berger (7 vitórias pela ‘rossa’); Villeneuve (6), Irvine (4), Tambay (2), Arnoux (3), Pironi (2), Alesi (1).
De qualquer forma, não custa sonhar alto e imaginar que algum jornalista terá coragem de tocar no assunto que, a julgar pela ‘ausência’ de pauta, ainda não foi publicado…
Atenciosamente,
Paulo Lava
Jornalista & Pesquisador de Automobilismo
Museu do Automobilismo Brasileiro
Passo Fundo, RS