
Por Americo Teixeira Jr. – Foi mantido o adiamento para a prova 24 Horas de Interlagos, que aconteceria no Autódromo Municipal José Carlos Pace, São Paulo (SP), entre 25 e 29 de janeiro. A decisão oficial foi anunciada nesta sexta-feira, 20, pelo promotor Antonio de Souza Filho (clique aqui e leia o comunicado oficial completo).
Esse foi o desfecho de acontecimentos desencadeados que acabaram por prejudicar o evento de forma rigorosa. A elevação da taxa de utilização da pista para R$ 416 mil (em orçamento fornecido em 11.01) foi o ponto de partida, visto que a previsão anterior era de R$ 25 mil. Diante do impasse, a Federação de Automobilismo de São Paulo adiou a prova no dia 16.
O passo seguinte foi a interrupção dos trabalhos e dos acordos técnicos, esportivos, financeiros, de serviço, comunicação e entretenimento que estavam em curso. Como efeito cascata, houve uma descontinuidade praticamente geral no que se referia à prova, numa geração de prejuízo em grande escalada para todos os segmentos envolvidos ou, pelo menos, uma tentativa de diminuir os prejuízos.

A solução veio tardia, pois não houve tempo para “recolocar nos trilhos” tudo o que havia sido paralizado, mesmo diante da medida anunciada ontem, 19, pela São Paulo Turismo de praticar a taxa anterior (na verdade, a tabela publicada no Diário Oficial foi cancelada e os valores de 2012 serão majorados em 16% sobre o pago em 2011 por evento em particular).
Ninguém vai morrer porque uma corrida foi adiada, mas por paixão, profissão ou mesmo sobrevivência muita gente depende do automobilismo para viver e leva isso muito a sério. Então, hoje, não é apenas uma prova adiada, mas uma comunidade amargando prejuízos e aborrecimentos. Tudo em razão de uma medida administrativa que, como ficou provado, necessitava de um estudo mais aprofundado, incluindo consultas ao cliente final, para ser oficializada. Realmente, uma pena.