Virgin e Lotus partem para tarefa praticamente impossível

O britânico Richard Branson, da Virgin Racing, (à esq.), visitou os boxes da Lotus Racing neste sábado nos testes da pré-temporada em Barcelona (Foto fornecida por Lotus Racing Press)

Os anos têm provado que a Fórmula 1 é “brincadeira” de gente grande e as novas equipes Virgin Racing e Lotus Racing estão assumindo uma tarefa muito difícil, talvez até mesmo impossível nos atuais moldes e na forma como entraram na categoria.

Amparada por investimentos que a diferencia das demais, nem mesmo os recentes esforços da FIA na tentativa de abrandar seus gastos surtiram efeito. É, sim, a Fórmula 1 um “mundo” muito particular e dele poucos são capazes de participar. Os testes da pré-temporada, encerrados hoje na Espanha, refletiram uma máxima perpétua: “Não há milagres na Fórmula 1“.

Não é por outro motivo que as principais equipes continuam andando na frente, mesmo não sendo esses testes parâmetros para nada. Como ninguém sabe ao certo o que as equipes de engenheiros estão buscando, quase tudo gira na base da suposição. Ou quase, visto que as equipes estreantes demonstraram estar flagrantemente em desvantagem.

Claro que Virgin e Lotus enfrentaram com galhardia os primeiros obstáculos e conseguiram colocar seu carros na pista. Quem conhece minimamente a Fórmula 1 sabe que isso não é pouca coisa.

Claro, também, que são carros ineficientes e há pouca margem para mudar esse quadro em pouco tempo e sem grandes esforços. Seria impróprio esperar algo diferente. É impossível colocar um carro de Fórmula 1 na pista em tão pouco tempo de forma competitiva, muito menos encontrar soluções mágicas que o torne, da noite para o dia, capaz de disputar em igualdade de condições com as veteranas. Assim, as duas equipes estão fadadas ao fundo do pelotão. Pior do que isso, só não deixarão marcas irremediavelmente negativas se estiverem suportadas por programas altamente dispendiosos e agressivos nas áreas técnicas e comerciais.

Ninguém tira outro mérito notável da Virgin e da Lotus, pois sem elas Jarno Trulli, Heikki Kovalainen e Timo Glock estariam batendo cabeça atrás de emprego em outras categorias. Sem a Virgin, Lucas di Grassi talvez não estivesse estreando no topo do automobilismo como piloto titular. Mas são organizações sobre as quais residem grandes interrogações e, se fracassarem, não estará acontecendo nenhuma grande suspresa. Porém, se prosperaram, aí sim, estará sendo escrita uma história verdadeiramente nova. Somente as primeiras corridas irão demonstrar qual a verdadeira distância de cada uma delas do “mundo” da Fórmula 1.

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