São Paulo Indy 300 em 20 historinhas

Foto John Cote/IndyCar
Foto John Cote/IndyCar

Por Americo Teixeira Jr. – Os bastidores da Fórmula Indy são muito interessantes. Quem tem a oportunidade de conviver com a categoria tem a chance de acompanhar situações curiosas, engraçadas, românticas e emocionantes. Vão aqui algumas historinhas para entender o que é tudo isso:

Helinho, me dá o boné?
No domingo, depois do último compromisso do final de semana, a coletiva de imprensa dos brasileiros, Helio Castroneves encontrou a família na recepção do hotel e foi nesse momento que um garotinho se dirigiu a ele. De cabelos longos, cara de anjo, camiseta de corrida e não mais do que seis ou sete anos, olhou de baixo para cima e diz: “Helinho, me dá o boné?”. O piloto do Team Penske olhou para baixo, encarou o garoto e disse: “Dou”. O catatau abriu um sorriso, ajeitou-se para que Castroneves colocasse o boné em sua cabeça e, logo após um “obrigado”, saiu literalmente pulando.

2 Tony, Tony, Tony
Num dos seus deslocamentos num carrinho de golf pelo Parque Anhembi, Tony Kanaan teve a atenção desviada por crianças que o identificaram e começaram a gritar: “Tony, Tony, Tony ..”. Mais do que isso, saíram em disparada atrás do carrinho. Quando o veículo estacionou às portas do local de um de seus compromissos, o piloto da KV Racing Technology não se importou por estar atrasado. Ficou ali, parado, esperando a molecada. Foram tantos abraços, beijos e fotos quando o grupo o alcançou que, certamente, ele nem se lembrou que a mão direita estava doendo.

3 A Bia tem namorado?
Bia Figueiredo desperta paixões. Um desses apaixonados, vendo-a passar, suspirou: “Como essa menina é gata! Será que ela tem namorado?”, disparou. Ao ouvir a resposta positiva (a musa estaria namorando um médico do Rio de Janeiro), voltou a suspirar: “Já imaginava, é muita areia para o meu caminhãozinho …”, resignou-se.

4 Comer comer
Na São Paulo Indy 300, uma área do hotel Holiday Inn Parque Anhembi se transformou num enorme restaurante, com almoço e jantar para todos os membros das equipes. Cada um recebe um conjunto de tickets com os quais faz suas refeições gratuitamente. As filas e as mesas multicoloridas, com todos misturados, dá bem uma amostra do clima que existe na IndyCar. As pessoas se conhecem e estão sempre em contato.

5 Decepção
Entrevistar Roger Penske está na pauta de muito jornalista. No Anhembi, os diversos profissionais que perguntaram pelo “Capitain” não puderam esconder a decepção ao saber que ele não viria ao Brasil em razão de compromissos na Europa. Quem sabe no ano que vem, né?

6 Aflições
São inúmeras as atividades que se desenvolvem paralelamente durante um evento como esse, mas qusse sempre convergem nos pilotos, que têm agendas elaboradas minuto a minuto. “O prefeito chegou”, “Não posso deixar o governador esperando”, “A equipe do Jornal da Band está na garagem” … e por aí vai. Mas no final das contas, tudo se encaixa.

7 O paizão
Luciano do Valle não é apenas um dos mais renomados narradores esportivos do Brasil. Ele tem um lado paizão que já é conhecido das pessoas que o cercam. Aquela postula ao microfone de torcer pelos brasileiros é verdadeira. Está sempre querendo saber se os pilotos estão bem, seja de saúde, de cabeça ou de humor. Sua preocupação com a pessoa vem sempre antes do lado técnico.

8 Grande Prêmio Band
As equipes da Band corriam tanto no Anhembi que até parecia haver um Grande Prêmio Band, só que às vezes confundiam os assessores. Estava agendada uma matéria com  Helio Castroneves e Will Power para o Jornal da Band. No horário marcado, chegou a equipe da emissora e gravou. O australiano já estava se retirando quando alguém gritou: “Come back Will!”. Ele não entendeu nada, mas voltou e gravou novamente. Só depois é que lhe explicaram que a primeira gravação havia sido com uma outra equipe da Band, não com aquela que havia marcado e chegara minutos depois.

Eu rezo
Mirian Kanaan, mãe do Tony, foi abordada por um repórter que quis saber de que local ela preferia ver a corrida. A resposta foi imediata: “Eu não vejo corrida, eu só rezo”.

10 Suprema
Apelidada de Suprema por seu grupo de trabalho, Evelyn Guimarães teve seu apelido amplamente divulgado por Helio Castroneves, que só a chama de Suprema e, inclusive, escreveu isso em sua coluna, que foi diária durante a São Paulo Indy 300 no Grande Prêmio.

11 Lágrimas
Às lágrimas, Suzane Carvalho dirigiu-se aos pilotos brasileiros durante a coletiva final. Ela sabe bem o esforço que todos eles fizeram para estar ali. Foi um momento marcante.

12 Cadê a Bia?
Quem estava vendo o programa do Neto na quinta-feira, na Band, percebeu que Helio Castroneves e Tony Kanaan começaram o programa e só depois a Bia Figueiredo apareceu. É que ela estava no camarim se maquiando e, por assim dizer, perdeu a hora. Mas valeu a pena, estava mais linda do que já é.

13 Bom português
A jornalista norte-americana Lauren Bohlander, esposa de Tony Kanaan e atualmente apresentando na TV dos Estados Unidos um popular programa de pesca, está se esmerando no português. Já substituiu com desenvoltura o Hello, Good Morning e o How are you? pelos tradicionais cumprimentos brasileiros.

14 Bicha
Simona de Silvestro tem em Tony Kanaan também um professor de português. Orientada pelo teammate, não teve dúvidas aos se dirigir ao pessoal do Pânico na matéria dos carros velhos. Bastou o imitador do Otávio Mesquita dar a palavra a ela e a suíça saiu com um sonoro “bicha”. Pela cara da piloto, não fazia ideia do que estava dizendo.

15 Tudo em paz
O piloto Ernesto José Viso andou aborrecido com um determinado jornalista brasileiro em razão de uma matéria no início do ano. Mas isso já é coisa do passado. Ambos se encontraram no elevador do hotel e, ao receber os cumprimentos pelo Qualifying, o venezuelano abriu um sorriso e agradeceu em português.

16 Arroz com feijão
Outro membro da IndyCar que está sempre falando português é o PR Arni Sribhen.No restaurante foi orientado a saborear um autêntico prato dos brasileiros, o arroz com feijão. “Muito bom”, disse ele.

17 Pane seca
Aborrecido com a pane seca que lhe roubou a vitória em São Paulo, Tony Kanaan não conteve o riso diante das brincadeiras de Bia e Helinho. “Passa lá no posto Ipiranga para isso não acontecer mais”, disse a piloto da Dale Coyne. “No Shell isso também não acontece”, emendou Helinho. “Bom, eu não tenho posto, mas tenho cerveja para todo mundo”, disse Tony.

18 Tudo é festa
Todo mundo viu que Takuma Sato perdeu a corrida por aqui na voltas finais. Mas a turma da A.J. Foyt Racing não se abalou. O 2º lugar permitiu que o piloto japonês assumisse a liderança do campeonato, que até então era ocupada por Helio Castroneves. então, o que se viu foi festa no pit de James Hinchcliffe, o vencedor, e também no de Sato. Detalhe: o pit do piloto brasileiro ficava exatamente entre o da Andretti e da Foyt.

19 Encantados
Muitas pessoas não deixaram de se admirar com a beleza das repórteres da Band. Um deles não se conteve: “Só tem mulher bonita nessa TV?”.

20 Debandada
Praticamente todo o contingente da IndyCar voltou para casa no domingo a noite. A saída do hotel parecia um “formigueiro”, com diversos ônibus fretados encostando e imediatamente sendo ocupados em direção ao aeroporto de Guarulhos. A partir deste sábado o agito tem novo endereço: Indianapolis Motor Speedway.

 

6 Comments

  1. Ales 11 de maio de 2013 at 15:57

    Grande coisa !

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  2. Roberto Mota 9 de maio de 2013 at 18:17

    Escreveram “emediata”..o correto é “imediata”.

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  3. marcos andre 9 de maio de 2013 at 15:52

    Eu sei bem como é esse clima da indy…fui em todas as corridas no rio…sempre nos boxes..

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  4. Celio Ferreira 9 de maio de 2013 at 10:33

    Nossa parece o ambiente da F1 ……ah,ah,ah

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  5. Roberto Borges 8 de maio de 2013 at 22:06

    Realmente, muito legal!
    Conseguiu mostrar bem como é o ambiente.
    Valeu!

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  6. Kaká Ambrósio 8 de maio de 2013 at 13:19

    Boa, Américo, são pílulas de fatos que poucos tomam conhecimento. E os “causos” dos bastidores são muito mais interessantes do que os do pit.
    É isso aí, meu amigo. Informar e entreter: isso é jornalismo. Um abraço desse seu camarada.

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