A Renault F1 Team anunciou hoje, em Paris, que permanece na Fórmula 1. O meio utilizado para permitir essa decisão, já considerada impossível por alguns analistas, foi a “parceria estratégica” firmada com o grupo Genii Capital, especializado em novas tecnologias e gestão de marcas. Na prática, isso significa dizer que a empresa sediada em Luxemburgo comprou a maior parte das operações de Fórmula 1 estabelecidas nas Inglaterra, ficando a Renault como sócia minoritária. O nome da equipe será mantido em 2010 por causa de uma gestão compartilhada e de transição.
A partir de 2011, embora o anúncio não tenha verbalizado dessa forma, entende-se que a Genii Capital exercerá a condução da equipe de maneira solo e, portanto, lícito é supor que o nome Renault F1 Team será alterado. Toda essa operação diz respeito unicamente à equipe de Fórmula 1, não entrando no acordo a fábrica de motores, instalada em Viry-Chatillon, na França. Tanto que o fornecimento dos motores Renault para a Red Bull Racing foi confirmado.
A decisão não apenas afastou os rumores de que a equipe não competiria em 2010 mas, principalmente, representou nova derrota para o inglês David Richards em busca do objetivo de ter a sua própria equipe de Fórmula 1. Sua empresa, a Prodrive, era autora da segunda proposta que estava na mesa do presidente Carlos Grosn, na Renault. Com o polonês Robert Kubica já confirmado como primeiro piloto, a vaga que em 2009 foi inicialmente de Nelson Angelo Piquet e, posteriormente, pertenceu a Romain Grosjean, passa a ser alvo concreto para os aspirantes ao grid de 2010.
Acredito que a Fórmula 1 depois desta era das “montadoras” será de grandes modificações. Novas equipes, um clima mais descontraído e quem sabe com clima menos “frio” que antes.