Quando o mundo parecia desabar sobre sua cabeça, Piquet corrige a rota no GP do Bahrain

_h0y9279Exatamente 1m05s149 após o inglês Jenson Button (Brawn BGP 001 Mercedes) receber a bandeirada como vencedor do Grande Prêmio do Bahrain, Nelson Angelo Piquet cruzou a linha de chegada em 10º com Renault R29. Mas se aparentemente foi mais um resultado pouco expressivo do mais jovem dos brasileiros na Fórmula 1 atualmente, pois continua zerado em termos de pontuação, na verdade representou uma espécie de “renascimento”, o início de um novo momento dentro da Renault, que não pode ser desperdiçado.

Se no ano passado, mesmo acobertado pela condição de estreante, foi alvo das mais duras críticas, o mundo praticamente desabou sobre a sua cabeça após as três primeiras corridas deste ano. Acumularam-se erros, performances irregulares e doses cavalares de ansiedade que Flavio Briatore chegou a ridicularizá-lo de forma pública.

Cada corrida tem a sua história e as particularidades do final de semana permitem, em muitos aspectos, ter a real dimensão da dificuldade encontrada pelo piloto. Mas como sempre é mais fácil generalizar e sair criticando a esmo, passa a ser mais um ingrediente ardido numa receita já demasiado apimentada.

Mas partiram do próprio Nelsinho declarações fortes de autocrítica. A reação tinha de vir urgentemente no Bahrain, por mais tímida que fosse. Até porque, o próprio Briatore admitiu que somente nesta corrida do deserto Piquet teria o mesmo equipamento de Fernando Alonso. Lógico que essa ressalva só veio depois de suas declarações nada elegantes em relação ao seu comandado.

O fato de ter passado pela primeira vez no ano da Q1 logo se esvaiu na desgarrada que deu no complemento daquela que seria a volta boa na Q2. Na prova, porém, foi constante. Aparentemente sem cometer erros, andou muito tempo na zona de pontuação, realizou ultrapassagens e defendeu posições com força. Uma delas, inclusive, mereceu gestos irritados de Rubens Barrichello (Brawn BGP 001 Mercedes). Essa performance marcada pela constância permitiu que Piquet terminasse a prova duas posições atrás do companheiro de equipe, o espanhol Fernando Alonso.

Talvez o Leitor considere que esta matéria é muito alarde para pouco resultado. Se vista isoladamente, certamente. Mas no todo, para quem deu mostras de estar muito para baixo, talvez até à beira do desespero, foi um passo importantíssimo na retomada da estima pessoal e do respeito dentro da equipe.

Foto LAT/Renault F1 Team

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