
Por Américo Teixeira Junior – Um emissário da Petrobras esteve no mês passado na Europa para se reunir com dirigentes da Renault. O objetivo foi iniciar tratativas para testes de desenvolvimento e o eventual fornecimento de produtos para os motores que serão usados no ano que vem pela Scuderia Toro Rosso, em substituição aos atuais, da Ferrari. Isso ocorre ao mesmo tempo em que a petrolífera brasileira negocia a renovação de seu acordo com a Williams.
Nessa atual fase da Petrobras na Fórmula 1, não é difícil perceber um certo desconforto por parte dos técnicos brasileiros. A razão é que ainda não foi possível fornecer produtos para os motores Mercedes que equipam os carros ingleses. Em que pese a realização de testes, não obtiveram o índice técnico desejado para que pudessem substituir o combustível e os lubrificantes da Petronas. A exceção é o óleo de câmbio.
É por esse motivo que a Petrobras nunca mais pôde usar aquele tão desejado argumento de marketing. A ideia sempre foi poder dizer ao consumidor que o produto que está nos carros de Fórmula 1 é o mesmo que ele adquire nos postos de combustível da marca. Essa é, em tese, a razão de a empresa estar na Fórmula 1. Nunca foi o objetivo primeiro unicamente patrocinar, mas é o que vem acontecendo desde o retorno.
Isso não significa dizer que a marca brasileira deixará a carenagem da Williams para ser estampada nos carros saídos de Faenza. É cedo para afirmar qualquer coisa, visto o avançar das conversas. Estas, porém, indicam que o objetivo da Petrobras é permanecer na Fórmula 1 pois, de outro modo, não estaria havendo a busca de alternativas.
Para bom entendedor, meia palavra basta.