Por Américo Teixeira Jr.
Para início de conversa, qualquer um pode planejar a construção de um autódromo e dar a ele o nome que quiser. Ainda, qual o problema se for identificado como municipal, estadual, internacional? Nenhum. Mas, na vida real, até os delírios têm limites.
Obviamente que o Brasil necessita de novos autódromos, além de melhores condições para alguns já existentes. Há avanços nesse sentido em alguns estados, que se distribuem entre negociações, captação de recursos, projeto, construção e reformas, com destaque para Chapecó (SC) e Cuiabá (MT).
No entanto, para que um novo autódromo possa receber eventos automobilísticos, sua estrutura precisa, obrigatoriamente, estar de acordo com normas técnicas e desportivas muito específicas. Tudo isso para receber as indispensáveis homologações da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e Federation Internationale de L”Automobile (FIA), sem as quais é impossível fazer parte dos calendários oficiais.
Assim, entre o entusiasmado anúncio e a festiva inauguração ao som dos motores, há muito mais do que apenas a “pedra” poetizada por Drummond*. Se vale uma dica, desconfiem se “novo autódromo” e “Fórmula 1” estiverem na mesma frase, ainda mais se o nome de quem vai pagar a conta estiver oculto ou enevoado. No mais, sucesso aos empreendedores e que novos autódromos possam fazer parte, rapidamente, da realidade do automobilismo brasileiro.