Todos os candidatos ao título da Stock Car eram merecedores da conquista, sem exceção. Ninguém chega a essa condição, na última etapa, sem ter méritos. Entretanto, há quase uma unanimidade, no que tange ao merecimento, em torno do triunfo de Max Wilson, sacramentado ontem em corrida dramática no Autódromo Internacional de Curitiba, Pinhais (PR).

Desde os seus tempos de kart e corridas de automóveis no Brasil, passando pela carreira internacional, Max sempre foi um lutador, tendo de superar dificuldades constantemente. Para alguns, a jornada tem muito facilitadores; para outros, só bucha. Não seria exagero enquadrar o novo campeão da Stock Car nesse segundo grupo e, nem por isso, ele se tornou uma pessoa amarga.

Pelo contrário, ao chegar à Stock Car, vindo de diversas temporadas na Supercars V8 da Austrália, despejou na categoria uma dose de conduta serena – humildade, até – e metodologia de trabalho, algo que, às vezes, parece estar ausente em alguns boxes da categoria.

Foi, portanto, um título merecido e os méritos são amplamente divididos entre os membros da equipe RC, chefiados por Rosinei Campos, os patrocinadores, notadamente a farmacêutica Eurofarma, e o teammate Ricardo Maurício. Sim, porque se você tem um companheiro de equipe rápido, experiente e competitivo como “Ricardinho” (é assim que gosta de chamá-lo o narrador da Rede Globo, o Luiz Roberto), tem mais que acelerar.