Por Américo Teixeira Junior – O automobilismo é um esporte que produz ilusões. É fundamental o SER (talentoso, dedicado, estudioso e esforçado), mas sem o TER (recursos financeiros, técnicos e, eventualmente, políticos) a coisa não acontece. As lembranças de um passado que se convencionou chamar de “tempos românticos” mostram que houve épocas nas quais essas duas condições até estiveram parelhas, mas a capacidade pessoal perdeu um certo protagonismo por conta do chamado “desenvolvimento”.
A busca por desafios cada vez mais ousados, a competitividade oferecida pela tecnologia e um elemento comercial envolvendo tudo isso de forma avassaladora resultaram na criação de uma engrenagem complexa, que fez a humanidade do esporte perder espaço para o tecnológico. E quanto mais sofisticada a manifestação do automobilismo, mais evidende fica a dura realidade do “no money, no race”.
Mas quando tudo parece perdido, quando nada parece deter esse “monstro” que se apossou do espírito pioneiro do automobilismo de competição e de seus valores mais nobres, eis que somos meio que “esbofeteados” por Le Mans e a sua lufada de humanidade.
Claro que o poder econômico também se faz muito presente na mais famosa prova de endurance do mundo, mas ainda há lugar para o orgulho de lá ESTAR, a emoção pelo simples fato de COMPLETAR, a solidariedade em CONFORTAR e a alegria de CUMPRIR um planejamento. Não, não há espaço para ilusão no automobilismo, mas Le Mans resgata um pouco do lado humano do esporte, a ponto de “recarregar baterias” para que o “monstro” continue a ser enfrentado.
Tudo sobre Le Mans no Grande Prêmio e A Mil Por Hora

Texto espetacular querido amigo Americo ..Parabens u