O belga Eric Bachelart, dono da Conquest Racing, tirou o brasileiro Bruno Junqueira (foto) do grid da Indy 500, embora tenha sido o mineiro o único a conseguir classificação com seus carros entre os 33 para a corrida do domingo. O titular da equipe, o canadense Alex Tagliani, não obteve marca necessária para figurar na principal disputa do ano. Mesmo assim, Bachelart comunicou ontem a noite para os organizadores da Indy 500 que o lugar de Junqueira será ocupado por Tagliani, que tem contrato com a Conquest para a temporada toda.
Se moralmente questionável, a medida é comercialmente justificada e validada pelo regulamento, que vincula o tempo obtido para a largada ao carro e não ao piloto. Assim, o piloto pode ser susbstituído, mas o carro não. Trata-se, pois, de uma prática comum na Indy 500 e, nesta edição, quem saiu prejudicado, em tese, foi Junqueira.
Entretanto, mostrou tanto serviço que a performance do domingo poderá lhe render oportunidades durante o ano. Afinal, não é qualquer um que entra no carro apenas no dia da classificação derradeira e, antes de sentar o sapato, como diz Hélio Castroneves, ter apenas 15 voltas para acertos. Junqueira fez um trabalho soberbo e Tagliani vai ter de engolir essa para o resto da vida.
Foto Indy Racing League