Narrador esportivo está completando 70 anos
Por Américo Teixeira Junior

Nascido em 21 de julho de 1950, o carioca Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno faz parte da vida brasileira há tanto tempo que, como Silvio Santos e Roberto Carlos, nem precisa bater para entrar, pois já é de casa. Como todo ente querido, já teve seus dias de exagero, babação de ovo, pachequismo e arrogância, o que é natural nas famílias. Porém, diferentemente daquele chato, Galvão é recebido com beijos, abraços, bolo quentinho e café recém-passado, seja a hora que for.
Essa atenção não é para qualquer um, é verdade. Só que o filho da dona Mildred [dos Santos] e do seu Aldo [Viana Galvão Bueno] conquistou tal privilégio porque entende de gente, sempre foi um igual. Ao falar com o público de maneira natural, vibrar nas vitórias e sofrer nas derrotas, o marido da dona Desiré foi somando méritos até se constituir no grande campeão de audiência e credibilidade, o cidadão que o brasileiro ouve e acredita nele.
Há tempos deixou de ser mero narrador esportivo. É um verdadeiro influenciador, desses que não cabem mais em suas áreas de origem e poderiam atuar em qualquer outra. Poderia, mas preferiu fazer do esporte o seu palco, sem abusar do poder que possui, e continuar falando para milhões e milhões.
Seria lindo se esse vovô de 70 anos fosse além do grito de gol ou da bandeirada de chegada. Seus parceiros de “Olimpo”, Osmar Santos e Luciano do Valle, ousaram mais nesse ponto. Mas Galvão preferiu investir na excelência – aliás, conquistada – e numa obra distante dos holofotes. Sim, o homem do ‘Bem, Amigos’ gera empregos, produz alimentos, presta assistência e desperta esperança.
Então, quem disse que Galvão Bueno não desbravou fronteiras?
Feliz aniversário!