
Por Americo Teixeira Jr. – Não que tenha sido um “mar de rosas” a convivência dos diretores da Vicar com a Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) na época do presidente Paulo Scaglione. Mas se antes os atritos e divergências eram resolvidos na mesa de negociação e de forma profissional, agora eles atingiram “alta temperatura” e foram parar nas páginas dos jornais. Isso nada mais é do que uma cabal comprovação de que existe uma clara ruptura entre a maior empresa de promoções de automobilismo do Brasil, capitaneada por Carlos Col e Maurício Slaviero, e a CBA, presidida pelo Cleyton Pinteiro.
Recentemente, uma áspera discussão entre o promotor Carlos Col e Pinteiro, testemunhada por algumas pessoas em Interlagos, poderia ser considerada como um “fato isolado”. Mas as últimas ações da Vicar dão mesmo conta de que pode ter sido a parte meramente visível de um litígio que se amplia nos bastidores. O episódio mais recente teve como palco o Autódromo Ayrton Senna, em Londrina (PR), local da 10ª etapa da Stock Car, realizada hoje e vencida por Cacá Bueno. Deveria ter sido uma festa para inaugurar o asfalto novo, mas a realidade foi outra.
O asfalto aplicado pela Prefeitura de Londrina não suportou a ação dos carros sob forte calor e já na sexta aconteceu o “pior dos mundos”, com suspensão das atividades por falta de condições de pista. A Vicar não poupou palavras para criticar a CBA, em comunicado oficial, uma vez que a vistoria e liberação da reforma é de responsabilidade da entidade através do Conselho Técnico Desportivo Nacional. Não foi novidade uma manifestação dessa espécie, visto que a Vicar já havia utilizado tal expediente anteriormente. Resumo da ópera, Vicar e CBA estão, sim, em forte e talvez irreversível rota de colisão.