Acordo de 2008 garante o funcionamento do Autódromo do Rio

mb32_gestao_pauloscaglione_abre_vnO nome do ex-presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglione (foto), estará por muito tempo ligado ao automobilismo do Rio de Janeiro, mesmo tendo deixado o cargo há sete meses. Se coube a ele impedir a destruição total do Autódromo Internacional Nelson Piquet, por meio de recurso na Justiça que gerou um acordo judicial, foi também por causa de uma ação sua que o Rio de Janeiro tem, hoje, a construção de um novo autódromo na ordem do dia. Antes de deixar a CBA, Paulo Scaglione deixou formalizado um acordo por meio de um contrato que, na prática, garante o funcionamento do autódromo do Rio pelo menos até 2011, considerando-se o mínimo de dois anos de obras.

Isso porque, conforme compromisso assumido pelo Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro e Prefeitura do Rio, com a CBA à época de Paulo Scaglione, ainda em meados de 2008, o atual circuito só deixará de ser utilizado com a inauguração da nova praça esportiva. Esse acordo está registrado na Justiça, mais especificamente na Sexta Vara da Fazenda Pública. O autódromo, dessa forma, passa a ser prioridade na pauta de construções para os Jogos Olímpicos, pois qualquer milímetro de sua área só poderá ser utilizado com o novo autódromo pronto.

O próprio prefeito César Maia, que durante a preparação dos Jogos Panamericanos de 2007 sentiu na pele a disposição de luta da CBA, disse hoje para a agência Gazeta Press, em matéria publicada no Portal da Editora Abril, que a construção do novo autódromo passa ser prioridade. “A CBA (sob a presidência de Paulo Scaglione) já demonstrou na Justiça seus direitos sobre a permanência do autódromo, mas aceitou transferi-lo de forma a colaborar com os Jogos Olímpicos de 2016. Mas para isso será necessário que o novo autódromo seja construído imediatamente, reconheceu o ex-prefeito.

Segundo o secretário especial do Rio 2016, Ruy Cezar, a prefeitura entrará com R$ 53 milhões para o cumprimento do acordo, segundo informação prestada ao jornalista Michel Castellar, do Diário Lance. Na mesma ocasião, Cezar declarou que procurará nos próximos dias o atual presidente da CBA, Cleyton Pinteiro, para que ele determine o local do novo autódromo. A maior parte do investimento será do Governo Federal, aproximadamente o dobro do que cabe ao município. A obra terá de ser licitada e o Diário Motorsport teve acesso a dados que indicam algo em torno entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões como custo total.

Procurados pelo Diário Motorsport, por meio de suas respectivas assessorias, a Confederação Brasileira de Automobilismo e o Ministério do Esporte não tiveram oportunidade de se manifestarem até o fechamento desta matéria. Suas posições serão aqui publicadas tão logo nos atendam.

Foto Vinícius Nunes

4 Comments

  1. Livia 7 de outubro de 2009 at 14:03

    Se é inevitável a destruição que se construa um em condições de abrigar provas internacionais e que o rio possa ter condições de disputar com interlagos para ter ao menos uma provinha da F1 aqui rsrs

    Reply
  2. Alan Magalhães 6 de outubro de 2009 at 13:12

    Torço demais para que tudo isso aconteça, mas, baseando minha opinião na palavra dos políticos, fico bem descrente. O Rio não pode ficar sem autódromo, e de classe internacional, assim como Goiânia, Brasília, Belo Horizonte, Salvador e todas as principais capitais. Seria a forma de retomarmos o crescimento do esporte no Brasil.
    Se Cesar Maia foi o primeiro a alertar para a necessidade de construção de um novo autódromo, é porque sabe que o ônus político cairá sobre ele. Como disse, continuo na torcida.

    Reply
  3. flavio perillo 6 de outubro de 2009 at 10:01

    É isto! Graças a essa empreitada do Dr. Paulo, temos o autódromo do Rio ainda em condições de abrigar provas automobilisticas.
    Uma pena como ficou reduzido, mas pelo menos ainda o temos.
    Agora é esperar para que o novo autódromo fique pronto e que seja viável para o automobolismo em geral.

    Reply
  4. PAULO ENEAS SCAGLIONE 5 de outubro de 2009 at 23:40

    O trabalho exercido pela CBA, na diretoria anterior, da qual tive a honra de presidir, podemos verificar que o governo tem obrigacoes firmadas na Justica estadual e hoje depende unica e tao somente das tratativas entre a FAERJ e a “nova” CBA.

    Reply

Leave A Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *