Por Américo Teixeira Junior – Às intermináveis horas de discussão, no intramuros da Mercedes, sobre as atitudes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg nas pistas, somam-se mais algumas depois de o campeão mundial ter jogado o alemão para fora da pista na primeira volta em Montreal. Ficou tão evidente a preocupação de Hamilton em bloquear o teammate que, além desguarnecer a sua esquerda, nem esboçou reação à largada precisa de Sebastian Vettel. Metros após, como se não houvesse amanhã, nenhum dos comandados de Niki Lauda aliviou e o resultado foi a saída de Rosberg para o gramado, abrindo outra jornada nociva às suas pretensões de título.
Mesmo com a pesquisa do Diário Motorsport apontando uma ampla maioria favorável à manobra do inglês, fato é o Grande Prêmio do Canadá ganhou ares de gota d’água, de modo que fica evidenciada a remotíssima chance de essa dupla ser reeditada na próxima temporada. Como elo fraco nesse embate, Rosberg é quem está cotado para sair, principalmente por estar aberta a temporada de negociação com a presença de vários times. Falta uma movimentação efetiva neste “tabuleiro” para desencadear uma série de outras.
Mesmo não tendo havido ainda esse lance inicial, não é imprudente avaliar que são passíveis de troca de titularidade os carros que são hoje ocupados por Kimi Raikkonen (Ferrari) e Jenson Button (McLaren), pelo menos. Isso sem contar as perspectivas existentes em torno da equipe Renault e até mesmo da Williams, cujo passe de Felipe Massa é valioso em razão de sua experiência.
Por tudo isso, diferentemente do que ocorreu para 2016, há garantias de mudanças acentuadas no grid de 2017, com destaque para Nico Rosberg, cuja permanência ao lado de Lewis Hamilton sob o mesmo teto contraria qualquer lógica.

Não acredito que Sebastian Vettel deseje a companhia de Nico Rosberg na Ferrari. Por isso, a possibilidade de permanência de Raikkonen cresce…
Creio que a situação do Rosberg dependa se ele ganha ou não o título esse ano.