Galeria Especial: Clique aqui e veja as fotos da vitória de Rubens Barrichello
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Ao conquistar, neste domingo, o Grande Prêmio da Europa, Rubens Barrichello atingiu marcas históricas nas ruas de Valência, na Espanha. A 10ª vitória em sua carreira na Fórmula 1 representou também o 100º triunfo brasileiro na categoria, como tivemos a oportunidade de mencionar no dia de ontem (clique aqui). Some-se a isso o fato de ter diminuído a diferença em relação ao líder do campeonato e companheiro de equipe Brawn GP, o inglês Jenson Button (Clique nos links para conhecer o Resultado da Prova e Classificação do Campeonato). Desnecessário, aqui, entrar no detalhamento da prova, pois mais importante do que tudo isso foi a significação da vitória para a carreira de Rubinho, conquista com marca de ressurgimento, de demonstração de uma força que muitos pensavam ter sido perdida.
Rubens Barrichello está na Fórmula 1 porque lutou para estar. Foram lutas diferentes em cada momento de sua história. Independentemente de qual etapa enfrentada até chegar à Fórmula 1 (kart no Brasil e no exterior, Fórmula Ford no Brasil, Europeu de Fórmula Opel, Inglês de Fórmula 3 e Internacional de Fórmula 3000), nenhuma delas foi fácil. Pelo contrário, há momentos dramáticos de sofrimento e angústia que somente ele tem a autoridade para revelar. Qualquer que fosse ela, entretanto, a postura de Rubens Barrichello sempre foi a mesma. Emotivo e transparente ao extremo, em muitos momentos pagou caro por essa forma aberta de ser.
As passagens pela Jordan e Stewart lhe credenciaram para estar na Ferrari a partir de 2000, ano de sua primeira vitória. Mas aquele aparente Olimpo certamente se transformou em um calvário infernal por um motivo simples. Impedido de vencer pelas normas da Ferrari, posto a opção preferencial de Luca di Montezemolo, Jean Todt e Ross Brawn por Michael Schumacher, aquela situação depunha contra sua própria genética. Barrichello sempre foi muito competitivo, nunca entrou na pista para perder. Na infância e adolescência chegava a manifestar, por meio de um choro raivoso, sua contrariedade quando as coisas não caminhavam de acordo com seu planejamento. Mas no segundo segundo, descarregada aquela dose enorme de tensão, partia para a luta. Ele sempre foi assim.
Nunca lhe faltou capacidade de trabalho e isso ficou provado nos tempos de Honda. Com a saída da empresa japonesa da Fórmula 1 e a transformação do time em Brawn GP, ele precisou lutar por um lugar. Saibam que foi uma batalha árdua. E depois de tudo isso, ainda ter de vislumbrar, na nova equipe, o mesmo pesadêlo de Ferrari, era demais para Barrichello. Como de costume, reclamou e muito. Mas, novamente, partiu para a luta e a vitoria de hoje foi a grande resposta que esse jovem veterano das pistas poderia dar. E o fez de forma maiúscula, conquistando a mais importante vitória de sua carreira.
Foto Brawn GP
sempre, sempre acreditei no Barrichello, ele é meu piloto preferido na fórmula 1 desde que o Ayrton nos deixou. Sempre torci e sempre vou ficar muito feliz por ele, ganhando ou não!
Que texto bonito e claro, sobre um piloto que conseguiu chegar onde todos os pilotos um dia sonham e está lá á tantos anos,por mérito com toda a certeza…pois se existe um lugar onde não se perdoa a falta de resultados positivos e nem sempre necessáriamente isso significa ganhar esse lugar é a Fórmula 1.E se está lá é porque existe muita qualidade no piloto,e essa qualidade é reconhecida por aqueles, e já foram vários, que deram um carro a Rubens e ainda lhe pagam para isso.
O numero de pilotos que foram campeões do mundo é claro bem menor que o numero de pilotos que já passaram pela categoria máxima do automobilismo,alguns nitidamente não foram destaque pela falta de qualidade,o que não é caso de Rubens,lá está se mantem e ainda ganha corridas.Temos que perder essa mania da sociadade moderna que só quem é campeão ou ganha é respeitado.