A Cidade Imperial já registra 104 mortos e 35 desaparecidos
Por Américo Teixeira Junior
Sede de importantes equipes do automobilismo brasileiro, a cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, conta mortos, desaparecidos e desabrigados desde que a região foi atingida na tarde desta terça-feira, 15, por chuvas intensas. As precipitações, em quantidades jamais registradas no município, deixaram rastros de inundações e desabamentos, notadamente na região conhecida como Morro da Oficina. O desmoronamento arrantou casas, pessoas, animais, carros e tudo o mais que encontrou morro abaixo. Números da Secretaria de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro apontavam 104 mortos até às 23:30 de quarta-feira (16).
Apesar da tragédia, não houve ocorrências graves no bairro de Itaipava, mais especificamente na Estrada União Indústria, onde estão localizadas as instalações da A. Mattheis Motorsport (Ipiranga Racing), R. Mattheis Motorsport (Lubrax Podium) e A. Mattheis Vogel Motorsport. “Na nossa área nem choveu. Foi uma tromba dágua localizada“, disse Andreas Mattheis.
Segundo o chefe de equipe, Petrópolis vive uma “tragédia gravíssima, talvez a maior de sua história, mas todos os nossos companheiros de trabalho estarão bem de saúde. Alguns deles, por residirem nas proximidades, sofreram danos materiais, uns mais, outro menos, mas agradeço a Deus por estarmos todos bem“, destacou o chefe de equipe, que projetou: “agora temos de arregaçar as mangas e juntar forças para ajudar as famílias que perderam tudo“.
Dados fornecidos pelo Governo do Estado indicavam que choveu em Petrópolis, num intervalo de três horas, a mesma quantidade de água prevista para cair durante todo o mês de fevereiro. Essa condição climática excepcional potencializou as condições precárias para a papulação residente em condições de risco.
