Entre “sol de brigadeiro” e “tempestades violentas”, cravadas certeiras e outras necessitando de correções, o Jornalismo prevaleceu em muitos lugares e também no Diário Motorsport
Por Americo Teixeira Jr.
Retrospectiva é um troço tão chato de fazer que eu – se é que um dia já tenha feito isso – nem me lembro mais quando foi. Tem, claro, valor histórico e jornalístico, portanto, reconheço o grande valor das retrospectivas. O problema é comigo. Acho muito chato fazer. But – e na vida sempre tem um but … – resolvi dessa vez ir contra essa tese para escrever algumas linhas sobre o que tem sido esses últimos tempos.
Mas se você acha que vou falar de Vettel, Castroneves, Kanaan, Franchitti, Loeb, Dixon, Kubica e tantos outros, pode parar por aqui p0rque as únicas referências a esses senhores estão contidas nesse parágrafo. Pode ser até uma coisa arrogante, mas vou falar do Diário Motorsport.
Lançado em 9 de janeiro de 2009, principalmente no ano passado e neste, o Diário Motorsport tem sido falado. Entre críticas (algumas particularmente maldosas e inexplicavelmente rancorosas), elogios (entre os equilibrados e os super exagerados), menções e omissões (sim, porque as omissões às vezes revelam muito), esse espaço jornalístico foi notícia em razão de alguns furos de reportagens.
Notícia exclusiva não cai no colo e toda investigação tem, óbvio, de passar pelos lugares mais comuns, mas também pelos mais incomuns. Não uso os termos “sorte” ou “azar” porque sou avesso a eles. Mas um furo de reportagem se obtém ao estar conversando com a pessoa certa, no lugar certo e na hora certa. Às vezes, nem isso funciona. A esse conjunto é preciso adicionar a “colheita” daquilo que você “plantou” muito tempo atrás. Se preferirem chamar de sorte, nenhum problema.
O problema está no desdém, no pouco caso, na infinita disposição em desmerecer o trabalho de um profissional. Mas a vida ensina e eu, com os meus 52 anos de vida e 33 nessa “brincadeira” chamada jornalismo de automobilismo, aprendi a ver as coisas sempre pelo lado melhor.
Helio Castroneves é um otimista e um mago na capacidade de transmutar o negativo para o positivo. Pode cair um meteoro ao seu redor, mas ele sempre vê o lado positivo de qualquer situação. E de tanto conviver com ele, acabei assimilando para mim um pouco desse lado Castroneves de ser.
Então, há muito tempo que deixei de dar ouvidos para as críticas maldosas. Se a crítica é pertinente, sou o primeiro a ouvir e agradecer. O jornalista Luciano Monteiro, por exemplo, é um crítico construtivo sempre presente e eu adoro ouví-lo.
Desde que eu disse, no ano passado, que o Bruno Senna estava fora da Fórmula 1, que Felipe Massa ficaria na Ferrari, que Sergio Perez iria para a McLaren e que a tal reforma do século em Interlagos não iria sair (como são saiu e não sairá), acho que nunca recebi tanta paulada. Algumas, motivo de risos – gargalhadas até -, outras bem selvagens.
Esse ano foi a mesma coisa. Só foi cravar Felipe Massa na Williams e Pastor Maldonado na Lotus e dá-lhe paulada. Verdade que tive de colocar rumos certos na notícia de Felipe Nars, que ao contrário do que me pareceu certo na ocasião, ainda não tem seu futuro 100% certo na Fórmula 1. E tem também o patrocínio da Sony na McLaren, algo ainda não confirmado.
Mas, convenhamos, por que diabos vou me preocupar com deselegância se, por outro lado, fui até exageradamente contemplado com o reconhecimento de tanta gente querida? Não quero – e nem vou – ocupar espaço para citar quem malhou. É da vida, “quem sai na chuva é para se melhorar”, né?
Prefiro agradecer. Mas como seria uma indelicadeza mencionar alguns nomes e outros não, peço licença para citar poucos, que no meu modo de ver representam todos os inúmeros amigos que me apoiaram em momentos que pareceram “uma eternidade” em certas ocasiões:
1 – Flavio Gomes, Victor Martins, Evelyn SUPREMA Guimarães, Renan “Pizza” do Couto e equipe do Grande Prêmio que realizam um Jornalismo de primeira linha e me proporcionaram um suporte que nunca tinha tido antes. Bancaram as notícias e defenderam o jornalista de forma profissional, fraterna e amiga;
2 – Odinei Edson, Alessandra Alves e equipe, que em plena cobertura ao vivo do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1, bradavam “Americo Teixeira Junior, o repórter Furadeira”;
3 – Lito Cavalcanti, Rodrigo Mattar, Andrea Leite, José Inácio e tantos outros queridos;
3 – Felipe Massa, que ao saber do furo, semanas antes do anúncio e sem poder dizer qualquer palavra a respeito, em seu círculo íntimo simplesmente sorriu e disso” Parabéns para eles”;
4 – MINHAS FONTES, queridas e amadas. Anônimas, mas que sabem exatamente de quem estou falando;
5 – Mitsubishi e Performance Racing Industry, meus queridos patrocinadores que continuam apoiando o que faço por aqui.
A estes e a todos os demais aqui não citados, Feliz 2014! E, para mim, só gostaria de uma coisa, de manter a capacidade de renovar minha motivação diariamente. Pode parecer pouco mas, para mim, é a diferença entre viver e simplesmente passar pela vida.
Parabéns por veicular informações de alto nivel, com responsabilidade e precisão.
Antonio
VC FOI UM MONSTRO COM SEUS FUROS!!