Por Americo Teixeira Jr. – A proposta do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, da elaboração de um circuito urbano para receber a Fórmula E na Marina da Glória, em 2014, é mais uma contundente prova de que o autódromo de Deodoro não passa de uma miragem. Nunca existirá.
Paes e o governador do Rio, Sergio Cabral, receberam no último dia 27 o presidente da FIA, Jean Todt, juntamente com os promotores da categoria de motores elétricos, Alejandro Agag e Enrique Banuelos. No encontro ficou acertado que a cidade receberá, em traçado de rua, a primeira prova da categoria que terá seu campeonato inicial em 2014, depois de um período de testes e desenvolvimento a ser conduzido por Lucas di Grassi.
Sob o ponto de vista promocional, uma prova de rua no Rio de Janeiro seria uma grande oportunidade de negócios, mas a proposta do Executivo Municipal indica uma atitude desleixada em relação ao compromisso de dotar a cidade de um autódromo em substituição a Jacarepaguá.
Se havia um acordo que obrigava a construção de um novo autódromo antes do fechamento de Jacarepaguá, a realidade de hoje é o Autódromo Internacional Nelson Piquet se transformando em pó e as autoridades do Rio (estado e município) se compromentendo com uma prova de rua, justamente agendada para uma época que deveria ser de pleno funcionamento do novo autódromo.
