Temporada de 2024 promete ser um desfile do piloto neerlandês rumo ao quarto título mundial
Por Américo Teixeira Jr. – Fotos Red Bull Content Pool
Não há milagres na Fórmula 1. A história recente mostra que somente uma mudança significativa – radical, até – do regulamento oferece chance real para a troca de domínio. E como nada aconteceu nesse sentido de 2023 para 2024, o que se avizinha é a manutenção do mesmo quadro de 2022 para cá. Essa tese foi amplamente comprovada neste sábado, na abertura do Campeonato Mundial da categoria. Cumprido em 57 voltas pelos 5.512 metros no Bahrain International Circuit, o Gulf Air Bahrain Grand Prix mostrou que Max Verstappen e o RB20 Honda da Red Bull Racing formam um conjunto imbatível.
Na verdade, a superioridade do tricampeão quase que resvalou na humilhação. Conquistou a pole position, liderou todas as voltas, abriu uma “luneta” (benção, mestre Edgard Mello Filho) de 22s457 sobre o teammate Sergio Perez e, ainda, marcou a melhor volta com 1:32.608, média de 210.283 km/h, sendo o mais rápido nos três trechos cronometrados. Foi desfeita rapidamente a ilusão de que Scuderia Ferrari, Mercedes-AMG F1 Team, McLaren F1 Team e Aston Martin F1 Team pudessem lutar de igual para igual com Verstappen & Cia. De fato, os cinco times colocaram seus dois pilotos na zona de pontuação, mas com a Red Bull em “outro campeonato”.
Quem estava esperando por um campeonato com muita disputa pelo título, precisa “tirar o cavalo da chuva”, pois o “coitado vai se resfriar”. Poderemos ver brigas interessantes entre as outras nove equipes, mas a Red Bull e Max Verstappen, que definitivamente não “sabem brincar”, continuarão no “bloco do eu sozinho”. Lamentar ou comemorar? Nem um nem outro, apenas a realidade. A boa notícia é que teremos mais 23 corridas, ao longo deste ano, para ver a atuação de um dos maiores pilotos de todos os tempos.