Por Americo Teixeira Jr. – As boas performances de Pedro Piquet, da Cesário F3, foram os pontos altos das duas rodadas duplas inaugurais da Fórmula 3 Brasil. Entretanto, esse mesmo domínio gerou dúvidas entre os chefes de equipes adversários.
Dárcio dos Santos, da PropCar Racing, credita os bons resultados ao talento do piloto e a capacidade do chefe de equipe Augusto Cesário, da Cesário F3, tudo isso apoiado pelos investimento feitos pelo tricampeão Nelson Piquet para o desenvolvimento do filho. Considera um tanto quanto exagerado o que chama de “apavoramento” pelos resultados de Piquet em Tarumã e Santa Cruz do Sul, principalmente pelo fato de descartar por completo que haja algo fora do regulamento. “Conheço esse pessoal e sei que são muito sérios”, afirmou.
Para o chefe da Hitech Racing, Rodrigo Contim, a sua preocupação nesse momento é recuperar o tempo perdido na etapa de Brasília, recusando a tecer qualquer comentário sobre o desempenho de Pedro Piquet, dizendo apenas que o piloto fez uma excelente preparação. “Não me cabe julgar. Essa é a tarefa da CBA e queremos que ela siga isso à risca”, explicou.
Na Kemba Racing, Leonardo Souza tem claro que a diferença de estrutra entre as equipes é uma realidade, mas acha que há aspectos não muito claros. Ele descarta qualquer ação que prejudique os desmereça o grande trabalho da Cesário F3 e seu piloto, mas acha importante uma postura mais criteriosa da CBA nas vistorias para eliminar quais eventuais dúvidas. “As regras não devem ser mudadas, mas aplicadas com igualdade”, comentou.
Já Rogério Raucci, da RR Racing, pondera que as equipes fizeram investimentos para que a categoria pudesse renascer e estão limitadas por orçamentos pré-determinados. Para ele, as diferenças atuais podem desmotivar alguns pais de pilotos, com pena inclusive de o grid diminuir. “Niguém está levantando suspeita sobre o trabalho da Cesário F3 ou do talento do Pedro, mas é importante que a CBA assuma a sua posição normativa e evite disparidades”, concluiu.
Foto Bruno Terena