quinta-feira, março 28, 2024

Exclusivo: Petrobras cogita rever ou até mesmo interromper o atual acordo com a Williams na F1

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Por Americo Teixeira Jr. – Embora o assunto esteja sendo tratado internamente de maneira sigilosa e não haja ainda uma decisão tomada, o Diário Motorsport pode afirmar que a revisão – ou até mesmo a interrupção – do contrato com a equipe Williams de Fórmula 1 está na pauta de assuntos pendentes nesse início de 2015 na Petrobras. Não que a presença da petrolífera brasileira na categoria esteja ameaçada pelos atuais solavancos políticos e econômicos, mas uma questão pontual de ordem técnica teve o poder de colocar o acordo numa vasta planilha de ações que estão sujeitas a revisão.

Em que pesem as questões promocionais e apoio a pilotos brasileiros, desenvolvimento e fornecimento de produtos sempre foram os principais alicerces da Petrobras na Fórmula 1. De tão estabelecidos na cultura da empresa, foram ratificados na adoção do presente contrato. O ponto principal do atual projeto é a gasolina Grid, que ao ser usada pelo Williams Mercedes proporcionaria uma fantástica plataforma de marketing, algo como: a gasolina que você põe no seu carro é a mesma que Felipe Massa usa no carro de Fórmula 1 dele.

O problema é que as áreas técnicas da Petrobras ainda não conseguiram produzir gasolina e lubrificante no mesmo nível do fornecido pela malaia Petronas. Os produtos da parceira da Mercedes continuam garantindo melhor desempenho dos motores campeões mundiais. Dessa forma, não há como a Petrobras fornecer a gasolina Grid para a Williams em 2015, o que inviabiliza toda o programa de comunicação.

Em 2014, a participação técnica esteve restrita ao fornecimento de óleo de câmbio a partir de meados da temporada, o que internamente é considerado muito pouco. A conta que se faz atualmente é simples. Como o mote principal não poderá ser usado em 2015, já serão dois anos de contrato sem o aproveitamento técnico esperado. E como o momento é de revisão na Petrobras, a interrupção do acordo representaria economia. Já no que tange a exposição da marca no carro, relativa a um contrato comercial e não técnico, não foi possível saber se também será analisada.

 

Adendo (11 de janeiro de 2015, 12h40) – A notícia sobre a Petrobras publicada no DM é pontual e técnica, mas há quem esteja fazendo uso político e “culpando o PT”. Tudo, ultimamente, é “culpa do PT”. Aliás, o fato de estar calor talvez seja culpa do PT. É culpa do PT também o fato de a Petrobras ter conquistado o posto de maior produtora mundial de petróleo, dentre as empresas de capital aberto? Acho que é necessária e salutar a oposição, mas pintar a Petrobras como empresa quebrada é erro histórico. 

 
Felipe Massa e o Williams Mercedes a temporada 2014 Foto LAT/Williams)
Felipe Massa e o Williams Mercedes a temporada 2014 Foto LAT/Williams)

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