Por Americo Teixeira Jr. – A matéria “O ‘sepultamento’ definitivo do automobilismo do Rio de Janeiro ocorrerá em questão de meses“, publicada neste Diário Motorsport no último dia 10, mereceu um comentário do ex-presidente da Federação de Automobilismo do Estado do Rio de Janeiro (FAERJ), Affonso Henriques Dáquer, que foi também diretor de finanças da CBA na Gestão Paulo Scaglione e hoje, sob a presidência de Cleyton Pinteiro, é suplente do Conselho Fiscal.
A íntegra do comentário segue abaixo:
“Imediatamente após o acordo judicial com a prefeitura, na saída da audiência, comentei com meu amigo Zeraik (Felippe Zeraik, advogado da CBA) que aquele acordo não seria cumprido pela prefeitura, pois já sabemos, antecipadamente, o comportamento de um político. Eles jamais poderiam ter colocado os pés no autódromo, sob pena do Rio ficar acéfalo, no que diz respeito ao automobilismo. Porque em vez de construir a Vila Olympica onde se encontra o autódromo, não fazem esta mesma vila em Deodoro? Não estaria mais de acordo com o fim que se propõe? Ocupem aquele espaço para uma festa de quinze dias, a um custo muito inferior e, após, entreguem o mesmo espaço para a natureza.
O que não é justo é exterminar um esporte, que pode ser considerado de utilidade pública, pois todos que possuem automóvel são beneficiados, diretamente, com os frutos colhidos no “laboratório”, leia-se autódromo, por uma “brincadeira” de quinze dias, ao custo de bilhões de reais, onde somente uns poucos serão beneficiados. Assim, diante de tanta insensatez, só posso entender, com toda certeza, que a olympíada é mero pretexto para tomar de assalto aquela área e com posterior “negociata” para entrega aos empreendedores imobiliários, assim como foi o ensaio do famigerado Pan.
Desde 1989, eu já imaginava que isto iria acontecer em algum dia, época que eles (politicos) ainda não tinham refletido sobre esta possibilidade. Muita coincidência. Assim, quando estive à frente da FAERJ, fizemos, assim como continua a ser feito, muitos eventos esportivos no autódromo. Aquela praça nunca esteve ociosa. Um cidadão que esteve à frente da prefeitura procurou esvaziar o autódromo de eventos, retirando a Indy, o Mundial de Motos para justificar que o espaço era ocioso e deveria ser ocupado de outra forma. Tudo previamente arquitetado para a “invasão”, com os objetivos dos mais sórdidos possíveis, imaginários e impublicáveis.
Quando isto ocorreu, comentei com meus ‘botões’: É, o dia chegou. Não sabia quando mas, que ia acontecer, tinha certeza. Não iam deixar aquele espaço ‘impune’. Tudo já foi reformulado para inserir aquela área na Barra da Tijuca, objetivando o aumento do “status” do local e maior valorização dos imóveis que ali pretendem construir e … mais dinheiro nas contas bancárias, concomitantemente.
Só espero que naufraguem neste mar de lama e se atolem no pântano que o terreno é. Já dizia Carlos Lacerda: ‘Falo no que penso, pois penso no que falo’. ‘Coincidências não existem’, dizia Kardec”.
Affonso Henriques Dáquer
Ex-presidente da FAERJ 89/91 91/93
A todos que tenham realmente automobilismo como paixão e venerem ao fundo de seus corações este magnifico esporte:
Este “NOBRE” ex-presidente da Faerj é um dos raros exemplos e talvez o único “oficial” da entidade a se revoltar sem medir esforços. Mto bem:
Eu transito neste esporte em quase todos os setores há exatos 43 anos no geral, mas digo a todos que tentam defender esta causa;
Infelizmente já passou a hora de fazerem uma defesa sólida, digo porque eu vejo quase todos gritarem dentro de casa e em seguida fecham as janelas correndo e trancam suas portas e calados e isolados ficam.
POIS BEM, JÁ DIVULGUEI ISTO E REPITO, UM ATO DE DESAGRAVO A TENTATIVA DE DESATIVAR ESTE AUTÓDROMO, CHAMARMOS HOMENS DA CBA, FAERJ, PREPARADORES, PILOTOS E EQUIPES TAMBÉM(?) AS DE PETRÓPOLIS,VAMOS NOS CONCENTRAR NA AV. PRESIDENTE VARGAS BEM EM FRENTE A PREFEITURA, INTERDITANDO PISTAS E COM CARRO DE SOM, POR ORDEM VAMOS FAZENDO COMENTÁRIOS REAIS EMBASADOS NA JUSTA CAUSA. GARANTO A TODOS, NO DIA SEGUINTE ATÉ O COI,A FIA OUVIRÃO OS NOSSO GRITOS DE EXCLUÍDOS, NADA MAIS.