Futuro imediato do campeão iminente da Fórmula 2 é como piloto reserva
Por Américo Teixeira Junior

A rodada dupla deste final, em Monza, consagrará o brasileiro Felipe Drugovich como o campeão da temporada 2022 do FIA Formula 2 Championship. Com cinco vitórias e 233 pontos, o piloto de 22 anos precisa de apenas nove pontos – dos 38 em jogo na Itália – para comemorar a mais importante conquista de sua carreira. Se não faturar no sábado, o fará no domingo, pois as circunstâncias são tão favoráveis que poderá ser campeão mesmo sem marcar pontos, a depender das atuações de Théo Pourchaire, o francês vice-líder na pontuação. Portanto, a Fórmula 2 é praticamente uma página virada para Drugovich.
Agora, a grande pergunta é: qual será seu próximo passo no automobilismo internacional?
A resposta é, obviamente, a Fórmula 1. Porém, esse “obviamente” tem reservas. É claro que o torcedor está ansioso para ter novamente um brasileiro titular na categoria, mas esse mesmo torcedor precisa ter calma e, sobretudo, entender que o cenário não é dos mais favoráveis para os novos candidatos ao “olimpo”.
Todas as 20 vagas já têm dono ou filas de pilotos negociando a titularidade, inclusive Daniel Riccardo, que mesmo com todo seu currículo corre o risco de ficar sem carro. Esse é um momento em que se conversa com todos no paddock e, certamente, Drugovich está fazendo isso.
É importante não alimentar ilusões e entender que suas reais chances apontam para uma posição de piloto reserva, pavimentando uma carreira futura e longa como titular, a partir de 2024 ou 2025, afinal, é muito novo e já conhece muito bem como as coisas funcionam na Fórmula 1. Se as circunstâncias puderem acelerar sua promoção, melhor ainda, mas não dá para contar, ainda, com isso.
Capa: Sebastiaan Rozendaal/Dutch Photo Agency (Francorchamps, Bélgica, 26.08.2022)