Por Americo Teixeira Jr. – Embora já tivesse acumulado cinco participações no Grande Prêmio do Brasil na condição de comissário da FIA, a prova deste ano foi um pouco diferente para Felipe Giaffone. O falecimento do pai de Emanuele Pirro impediu a presença do ex-piloto italiano de Fórmula 1 em Interlagos, mas Chalie Whiting preferiu não chamar um substituto. “O Charlie sugeriu que eu ficasse porque ele sabe que eu tenho uma experiência bacana de corrida“, disse Giaffone, que foi orientado a fazer a leitura do GP como piloto, não como comissário. “Para mim ficou bem mais fácil“, acrescentou.
“Os comissários normalmente olham muito para as regras, analisam o que foi feito no passado e procuram seguir uma constante. O piloto acaba enxergando coisas que, às vezes, o comissário não consegue por nunca ter guiado. Então, fiquei mais com essa parte de analisar a telemetria de todos os carros, que pra gente é fácil e para o comissário não é tanto. É mais aquela sensação de como você reagiria se estivesse guiando naquela condição que você tem de analisar. O piloto está lá para ajudá-los dessa forma“, explicou o ex-piloto da Indy e atualmente na Fórmula Truck.
Explicou também que a tecnologia disponível para realizar o trabalho é “um absurdo de bom“, mas reconhece que esse volume de informação, em algumas circunstâncias, impede que a decisão seja tomada da forma rápida como é solicitada. “O ideal é decidir em até duas voltas, em quatro é o máximo aceitável“, concluiu.