Sua arma mais eficiente nesta temporada foi a regularidade e, no último domingo, na terceira das quatro provas do playoff, Cacá Bueno assegurou o título por antecipação no Autódromo Internacional de Tarumã, em Viamão (RS). Na vitória de Luciano Burti, da equipe Boettger, Bueno garantiu o 4º posto na pista com o carro da W.A. Mattheis, suficiente para que comemorasse o terceiro título nacional na categoria (posteriormente, após a punição antidesportiva aplicada ao seu companheiro de equipe, Daniel Serra, foi elevado ao 3º posto, ao lado do vencedor Burti e do irmão Popó Bueno, da Hot Car Competições, que passou a ocupar o 2º lugar que era de Serra).

Em oito temporadas na classe principal da Stock Car, todas na chamada fase moderna da categoria, com chassi tubular, Bueno amealhou, além dos três títulos, 21 vitórias, 18 pole positions, 10 melhores voltas, outros 25 pódios (chegou 11 vezes em 2º e 14 em 3º) e um sem número de atuações marcantes. No dia 6 de dezembro, quando disputará em Interlagos a última etapa do ano, estará cumprindo a sua corrida de número 96 neste grupo.

Ao longo de todo esse tempo, foi protagonista, também, de momentos polêmicos. Mas isso aconteceu numa época muito diferente da de hoje, quando não era maduro suficiente para ignorar as provocações recebidas por ser filho de Galvão Bueno. Se antes os nervos ferviam, hoje é comum vê-lo, salvo alguma recaída momentânea, rindo de tudo isso.

Ele nunca deixou de valorizar seu ídolos da Stock Car e, após o triunfo em Tarumã, não foi diferente. “Ganhar esta categoria era um sonho, pois sempre quis correr ao lado de meus ídolos como Ingo Hoffmann, Chico Serra e Paulão Gomes”, declarou. Mas a sua trajetória na competição o credencia, até, a superá-los. Se não Ingo Hoffmann, cujas marcas parecem inalcançáveis para os “simples mortais”, Serra já teve o seu tricampeonato igualado e, Gomes, tetracampeão, pode ser o próximo.