CBA rebate acusação de vice-presidente e defende federações: “não são um bando de parvos”

6249066519_2d8dbf27c9_o
Segundo da esquerda para a direita, Dadai e demais autoridades da Confederação (Foto CBA)

Por Américo Teixeira Junior – Classificando-a como “uma manifestação política, no máximo a opinião pessoal, que não representa o pensamento da maioria esmagadora das federações filiadas às CBA”, o presidente da Comissão Nacional de Velocidade, Waldner Bernardo, atendeu na segunda-feira, 23, ao convite formulado pelo Diário Motorsport no último dia 16 e manifestou a posição oficial da Confederação Brasileira de Automobilismo em relação ao denunciado pelo segundo vice-presidente, Rudolfo Rieth, em matéria publicada no dia 20.

Atual presidente da Federação Pernambucana de Automobilismo, Bernardo reconhece que “a composição da chapa que concorreu à [re] eleição foi basicamente política”, mas por outros motivos que não os indicados por Rieth, que apontou sua escolha e a de Milton Sperafico como uma tentativa de o presidente Cleyton Pinteiro aplacar a resistência que havia à reeleição por parte das federações só Sul. O dirigente pernambucano afirmou que, “relativamente ao Paraná e Rio Grande do Sul, [a escolha foi para] prestigiar o forte automobilismo destes dois estados da Federação”.

Bernardo rebateu a colocação de Rieth, que afirmou ter sido o “lixo” o destino de uma proposta que fez a respeito de um “campeonato de turismo organizado pela CBA”, mas reconheceu a inutilidade da propositura do segundo vice-presidente. “Já existia, antes da proposta, um campeonato intitulado Campeonato Brasileiro de Turismo; não temos como ter dois campeonatos semelhantes”, explicou.

Vendedora de Carteirinha”

O presidente da Comissão Nacional de Velocidade repudiou a acusão de Rieth, que claramente classificou a CBA como “mera vendedora de carteira para pilotos“. Ao repúdio segui-se uma provocação de Bernardo, que “estranho muito que uma pessoa que se diz militar no automobilismo há mais de 50 anos não tenha conhecimento” das ações da CBA. Citou as competições nacionais de rali. kart, velocidade na terra e asfalto que a entidade promove em conjunto com as federações.

Destacou também o fato de haver filiações gratuitas como “uma maneira de inserir um piloto no automobilismo, dando a ele a mesma condição, como o seguro existente hoje, uma das mais importantes conquistas desta gestão, que contempla a todos os filiados”.

Também não foi aceita a crítica de que Pinteiro deixou o país por diversas vezes sem transferir o cargo para o primeiro vice-presidente. Bernardo esclareceu que a substituição só deve acontecer quando o presidente não puder gerir a entidade. “Atualmente, com todos os meios de comunicação disponíveis, o presidente de uma entidade, de qualquer local que esteja, poderá comandá-la”, adicionando que, a distância física, única e exclusaivamente, não é motivo para transferência de cargo.

Estatutos

Reafirmando que somente a assembléia tem poderes para modificar o estatuto, Bernardo garante que não houve qualquer alteração entre o texto aprovado em votação e o que foi assinado e constante em ata. “Os presidentes das federaçõews são pessoas sérias e responsáveis, não um bando de parvos, como parece fazer crer [Rudolfo Rieth], que assinem quaisquer coisas que lhes se apresentem”.

Conhecido no meio automobilístico como Dadai, Waldner Bernardo elencou, para rebater a acusação de ter pouca vivência no esporte, as atividades que já cumpriu e cumpre na esfera desportiva: “Sinalizador, chefe de sinalização, diretor de prova e comissário desportivo em provas de kart e velocidade, promotor de evento automobilístico e comissário desportivo em provas nacionais”. No âmbito administrativo, além dos atuais, mencionou ter sido, também, diretor do Conselho Técnico Desportivo, diretor financeiro e vice-presidente na entidade de seu estado.

180562_291482_cba_cleyton1
Da esquerda para a direita: presidida por Cleyton Pinteiro, a atual diretoria da CBA tem como vice-presidentes Milton Sperafico, Rudolfo Rieth e Zeca Monteiro (Foto CBA)

2 Comments

  1. Rudolfo Edmundo Rieth Filho 1 de junho de 2016 at 13:31

    Achamos um substituto a altura do Rolando Lero – Vai ser contratado em breve pela Globo. Quero deixar bem claro que, mesmo havendo comunicação por sinais de fumaça, rádio, telex. fax e mais recentemente internet, o presidente, durante sua ausência é obrigado a transferir o cargo para o Vice Presidente. Normalmente é o que fazem Prefeitos, Governadores e Presidente da Republica. Na CBA, mesmo constando nos estatutos, é diferente. “Não um bando de parvos, como parece fazer crer” – Sr. Waldner por gentileza, leia melhor minha declarações pois nunca fiz tal afirmação. O que disse, é que todos nós fomos ludibriados por quem elaborou os novos estatutos com alterações não discutidas na Assembleia. Não somos um bando de parvos mas pessoas de boa índole que foram alvos de uma manobra espúria da presidência da CBA.

    Reply
  2. Antonio Carlos 31 de maio de 2016 at 13:54

    Se a escolha de dois vice-presidentes do Sul foi para prestigiar o “forte automobilismo” deveria ter colocado um do Sul e outro do Sudeste, ou será que o Automobilismo de São Paulo, Rio e Minas são fracos? A escolha foi politica sim?

    Reply

Leave A Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *